Um estudo publicado na revista Gut e realizado com mais de 60 mil voluntários associou o consumo prolongado do antiácido Omeprazol com o desenvolvimento de tumores no estômago
Um estudo publicado na revista Gut e realizado com mais de 60 mil voluntários associou o consumo prolongado do antiácido Omeprazol com o desenvolvimento de tumores no estômago.
O remédio faz parte de um grupo de compostos químicos chamados PPIs (princípio ativo da maioria dos remédios para tratar gastrite, refluxo e úlceras) que foram associados a um risco 2,4 vezes maior para o desenvolvimento de câncer no estômago, segundo informações do jornal britânico The Guardian.
A descoberta, feita por pesquisadores da Universidade de Hong Kong, na China, e University College London, considerou que a relação entre PPIs e câncer de estômago já havia sido observada anteriormente, mas nunca em um estudo que primeiro eliminou um tipo de bactéria suspeita de alimentar o desenvolvimento da doença.
Os pesquisadores descobriram que quando a Helicobacter pylori foi removida, o risco de câncer aumentou em consonância com a dose e duração do tratamento com PPI.
Ainda, foi comparado o uso de PPI contra outro medicamento que limita a produção de ácido estomacal, conhecido como bloqueadores H2, em 63.397 pessoas. Os participantes, todos adultos, foram tratados com uma terapia tripla, que combinava o uso de PPIs e antibióticos para matar a bactéria H. pylori.
Os cientistas então monitoraram os participantes, observando os que desenvolveram câncer de estômago, morreram ou conseguiram chegar saudáveis até o final do estudo, em 2015.
Durante este período, 3.271 pessoas receberam em média quase três anos de PPIs, enquanto 21.729 participantes tomaram bloqueadores de H2. De ambos os grupos, um total de 153 pessoas desenvolveram câncer de estômago, nenhum dos quais positivo para H. plyori. No entanto, todos tiveram problemas de longa data com inflamações no estômago.
Enquanto os bloqueadores de H2 não foram associados a um risco maior de câncer de estômago, o uso diário de PPIs foi associado a um risco mais do que quatro vezes (4,55) do que aqueles que o usaram semanalmente.
Da mesma forma, os resultados mostraram que quando o medicamento foi usado por mais de um ano, o risco de desenvolver câncer de estômago aumentou cinco vezes e oito vezes após três ou mais anos.
Os pesquisadores concluíram que nenhuma relação oficial de causa e efeito deve ser elaborada, mas que os médicos devem “ter cautela quando prescreverem PPIs a longo prazo, mesmo após a eliminação bem-sucedida de H. plyori”.
Segundo o professor de farmacoepidemiologia na London School of Hygiene and Tropical Medicine, Stephen Evans, que não esteve envolvido no estudo, “muitos estudos encontraram efeitos adversos associados aos PPIs”.
“A explicação mais plausível para esta totalidade de evidências é que aqueles que recebem PPIs, especialmente aqueles que tomam por um prazo longo, tendem a ficar mais doentes de várias formas do que aqueles que não recebem prescrições destes medicamentos”, concluiu.
O remédio faz parte de um grupo de compostos químicos chamados PPIs (princípio ativo da maioria dos remédios para tratar gastrite, refluxo e úlceras) que foram associados a um risco 2,4 vezes maior para o desenvolvimento de câncer no estômago, segundo informações do jornal britânico The Guardian.
A descoberta, feita por pesquisadores da Universidade de Hong Kong, na China, e University College London, considerou que a relação entre PPIs e câncer de estômago já havia sido observada anteriormente, mas nunca em um estudo que primeiro eliminou um tipo de bactéria suspeita de alimentar o desenvolvimento da doença.
Os pesquisadores descobriram que quando a Helicobacter pylori foi removida, o risco de câncer aumentou em consonância com a dose e duração do tratamento com PPI.
Ainda, foi comparado o uso de PPI contra outro medicamento que limita a produção de ácido estomacal, conhecido como bloqueadores H2, em 63.397 pessoas. Os participantes, todos adultos, foram tratados com uma terapia tripla, que combinava o uso de PPIs e antibióticos para matar a bactéria H. pylori.
Os cientistas então monitoraram os participantes, observando os que desenvolveram câncer de estômago, morreram ou conseguiram chegar saudáveis até o final do estudo, em 2015.
Durante este período, 3.271 pessoas receberam em média quase três anos de PPIs, enquanto 21.729 participantes tomaram bloqueadores de H2. De ambos os grupos, um total de 153 pessoas desenvolveram câncer de estômago, nenhum dos quais positivo para H. plyori. No entanto, todos tiveram problemas de longa data com inflamações no estômago.
Enquanto os bloqueadores de H2 não foram associados a um risco maior de câncer de estômago, o uso diário de PPIs foi associado a um risco mais do que quatro vezes (4,55) do que aqueles que o usaram semanalmente.
Da mesma forma, os resultados mostraram que quando o medicamento foi usado por mais de um ano, o risco de desenvolver câncer de estômago aumentou cinco vezes e oito vezes após três ou mais anos.
Os pesquisadores concluíram que nenhuma relação oficial de causa e efeito deve ser elaborada, mas que os médicos devem “ter cautela quando prescreverem PPIs a longo prazo, mesmo após a eliminação bem-sucedida de H. plyori”.
Segundo o professor de farmacoepidemiologia na London School of Hygiene and Tropical Medicine, Stephen Evans, que não esteve envolvido no estudo, “muitos estudos encontraram efeitos adversos associados aos PPIs”.
“A explicação mais plausível para esta totalidade de evidências é que aqueles que recebem PPIs, especialmente aqueles que tomam por um prazo longo, tendem a ficar mais doentes de várias formas do que aqueles que não recebem prescrições destes medicamentos”, concluiu.
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