BAIDU NO METAVERSO
O Baidu anunciou a criação de um metaverso próprio a partir de uma plataforma chamada Land of Hope, programada para lançamento no final de dezembro. Principal concorrente do buscador do Google em solo chinês, a companhia deve rivalizar com os gigantes ocidentais no oferecimento de um sistema de "mundo digital" para o mercado da China.
O novo aplicativo de metaverso, chamado de Xi Rang em chinês, chegará no dia 27 de dezembro como uma local virtual para a realização da conferência de três dias de desenvolvedores de inteligência artificial da companhia, com sede na capital Pequim. Segundo o anúncio, o sistema pode comportar até 100 mil participantes simultâneos e com interações diversas no espaço tridimensional.
Segundo o vice-presidente do Baidu e coordenador da Xi Rang, Ma Jie, trata-se de um projeto em estágio inicial de desenvolvimento, mas que precisa ser posto à prova para que toda a comunidade possa melhorá-lo em conjunto. A iniciativa é interessante porque tira o metaverso do conceito infantilizado ou meramente inserido em contextos de entretenimento para uma aplicação no mundo real.
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O Xi Rang provavelmente será um dos primeiros produtos de metaverso a desembarcar localmente. O mundo virtual foi pensado para ser bastante inventivo, sem preocupação em reproduzir a realidade, nos quais os usuários poderão encontrar personagens de desenhos animados ou monges treinados na arte do kung fu. O objetivo do Baidu é ir além para integrar também seus recursos de IA e computação em nuvem, no intuito de potencializar produtos e serviços da companhia.
Briga pelo metaverso chinês
Tencet e NetEase, duas das maiores companhias de tecnologia da China, já estão interessadas em desenvolver esse segmento de mercado, que pode movimentar US$ 800 bilhões (cerca de R$ 4,5 trilhões) até 2024. As três estatais de telecomunicações da China — China Mobile, China Unicom e China Telecom — também fizeram parceria em novembro com várias empresas do setor tecnológico para formar o Metaverse Industry Committee, o primeiro grupo industrial do país dedicado ao conceito.
Há, contudo, bastante temor sobre o tema em razão do rigoroso controle exercido pelas autoridades chinesas sobre as comunicações. Ainda não está claro como serão controladas as interações, afinal esse mundo digital poderia ter severos impactos sobre a segurança nacional.
O conceito de metaverso já existe há muitos anos, mas o assunto ganhou os holofotes após o Facebook mudar de nome para Meta e anunciar um foco intensivo nesse mundo. A empresa já até lançou o primeiro produto destinado a esse propósito: o Horizon Worlds funciona com realidade virtual e será liberado para maiores de 18 anos residentes nos Estados Unidos e Canadá.
Fonte: #Canaltech #EquipeXDrive
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